Um grupo de alunos da Fundhas (Fundação Hélio Augusto de Souza) participa da restauração do jardim Roberto Burle Marx, no Parque da Cidade.
Com atuação de equipes da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade, Manutenção da Cidade e Urbam (Urbanizadora Municipal), as ações visam resgatar o projeto original de Roberto Burle Marx, paisagista cujo nome batiza o parque.
Acompanhados por professores e equipe técnica do eixo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fundação, crianças e adolescentes realizam pesquisa teórica sobre a história, a relevância dos trabalhos de Burle Marx e as plantas utilizadas no projeto. Eles se preparam para a parte prática, que conta com plantio.
Entre os dias 24 e 26 de julho, o grupo da Fundhas juntamente com a equipe envolvida deverá realizar um plantio no entorno do espelho d’água, como marco inicial do projeto, em comemoração ao aniversário de 252 anos de São José dos Campos.
“As obras de Burle Marx devem ser zeladas para não se perderem. A participação da Fundhas no restauro é algo único e traz benefícios para todos os envolvidos. Conhecer esse espaço é ter contato com uma obra de arte a céu aberto disponível para todos os joseenses”, explicou o técnico agrícola da Fundhas, Juliano Sousa.
Experiência prática
Na última semana, um grupo com 12 alunos da Unidade Jorge Alegre visitou a Residência Olivo Gomes para conhecer o local e teve contato com os especialistas Ricardo Veiga, do Comphac (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural), e José Tabacow.
Tabacow conheceu Burle Marx no Rio de Janeiro, em plena década de 60, quando ainda era estudante de Arquitetura. A partir de então foi colaborador e, posteriormente, co-autor de projetos do famoso paisagista brasileiro e teve a oportunidade de frequentar a Residência Olivo Gomes
O profissional trocou experiências com os estudantes da Fundação durante bate papo na última semana e foi entrevistado por um trio de adolescentes. As perguntas serão compiladas no livro.
“A primeira coisa e a mais importante do trabalho dele foi a maneira única de se fazer jardim no Brasil, ele inventou uma forma moderna para isso, com plantas que não existiam aqui e que ele trouxe. O jardim é como uma obra viva, a gente tem que descobrir quais ideias Burle Marx teve para o projeto original e tentar se aproximar o máximo disso”, comentou Tabacow.
Lucas Emanuel de Paula, 13 anos, está animado com a experiência. “Este projeto é muito legal e diferente, acho que vou levar aprendizados para minha vida, além de poder conviver com pessoas que trabalharam com Burle Marx e saber da importância do jardim e do Parque”, disse.
O projeto
O projeto de restauro em grupo trabalha valores como responsabilidade, liderança e respeito, assim como a conscientização sobre os cuidados com a natureza e o patrimônio público. O primeiro contato dos alunos ocorreu na última semana e continua entre os dias 24 e 26 de julho com plantio no entorno dos espelhos d’água.
A produção de um livro sobre a importância da obra de Burle Marx, com dicas e orientações sobre o cuidado da área, também consta no projeto. O livro deverá ficar disponível para visitantes do Parque.